Atendendo a pedidos a memória desafia o tempo em busca de nossas melhores lembranças. Graças a ela, uma simples imagem é suficiente para que toda magia de um instante nos invada novamente e, num processo rejuvenescedor, acabe revelando que na maioria das vezes, o que julgamos perdido, está somente guardado a nossa espera. E como a nostalgia é um estado de espírito presente somente em quem viveu momentos felizes, o Acervo resgata uma coletânea de títulos que vão do clássico ao contemporâneo e são endereçados a todos que nos escrevem lembrando de momentos tão especiais de suas vidas. Aos amigos, nosso muito obrigado.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

II Guerra Mundial

 Na década de 30, as potências vencedoras da Primeira Guerra, França e Inglaterra estavam preocupadas em debelar a crise econômica interna, que poderia radicalizar os movimentos grevistas, que por sua vez poderiam levar essas nações a uma revolução social semelhante à que ocorrera na Rússia. Ao mesmo tempo, apoiadas pelos grandes grupos financeiros e industriais, essas nações incentivavam acordos bilaterais, buscando uma política de apaziguamento que evitasse um novo conflito.
Adolf Hitler

Fundada em 1919 e dominada pela França e Inglaterra a Liga das Nações limitou-se a aplicar sanções econômicas aos países membros que desrespeitassem as cláusulas fixadas no Tratado de Versalhes. Pensando em usar o fascismo como uma arma contra os soviéticos, a Inglaterra e a França fecharam os olhos às violações de territórios do Mediterrâneo e da Europa Central, praticadas pela Itália e pela Alemanha. Por isso nada de efetivo se fez quando a Itália transformou a Albânia em protetorado em 1925 e invadiu a Etiópia dez anos depois.

Também assistiram passivas, às interferências ítalo-germânicas na Espanha em apoio ao general Franco, incapazes de compreender o real significado da aproximação nazi-fascista com a criação do Eixo Roma-Berlim em 1936. Da mesma forma não interferiram quando o Japão avançou sobre a Manchúria, prejudicando a China. Na verdade, as ações beligerantes eram toleradas pelas democracias liberais, desde que se realizassem contra pequenos países ou territórios sem maior importância para o conjunto de seus impérios coloniais.

A Europa de braços cruzados assiste a expansão nazista que
terminaria por colocar a metade do mundo sob sangue e fogo
A Inglaterra e a França, com a idéia fixa de que o único perigo a ameaçá-las era a expansão do socialismo soviético, não perceberam as intenções bélicas da militarização alemã de Adolf Hitler: reaparelhamento do exército, obrigatoriedade do serviço militar, reconquista dos territórios perdidos durante a Primeira Guerra, como a margem esquerda do rio Reno. A diplomacia alemã obtinha ganhos crescentes em tratados bilaterais, ao mesmo tempo em que ocorria o desenvolvimento da indústria de armamentos. Esses fatores asseguravam a proteção do território e o processo de acumulação dos grandes capitais.

Quando a Inglaterra e a França - que haviam assistido passivamente à anexação da Áustria, e cedido a Tchecoslováquia às exigências do Terceiro Reich durante o Congresso de Munique, em 1938 - perceberam que as pretensões alemãs não estavam saciadas, o Führer já havia desencadeado a Segunda Guerra Mundial.

Kamikases atiram-se aos navios americanos em Pearl Harbor
A causa imediata foi a invasão da Polônia (setembro de 1939) pelas tropas nazistas. A Inglaterra e a França finalmente reagiram contra as agressões hitleristas e vindo em socorro de seus aliados declararam guerra ao Terceiro Reich. A Itália, ao contrário do que se esperava, declarou-se neutra no início do conflito mas logo Mussolini abandonou a neutralidade declarando guerra a França e a Inglaterra.

Visados pelos alemães desde o início da guerra, em virtude das doutrians racistas sobre "pureza ariana", os judeus foram perseguidos, encarcerados e exeucutados em massa. O número aproximado de sacrificados neste holocausto chegou a 6 milhões, demosntrando a insanidade do Führer e seus comandados.

A princípio neutro os Estados Unidos participaram indiretamente da guerra como fornecedores de armas e equipamentos para os Aliados. Depois do ataque japonês à base americana de Pearl Harbor (7/12/1941). Washington declarou guerra ao Japão recebendo em seguida as declarações de beligerância da Alemanha e da Itália. A partir de então, o conflito assumiu grandes proporções, desenvolvendo-se em três frentes: a ocidental, a oriental e a da guerra no Pacífico.

A tática de terra arrasada soviética, já usada contra Napoleão, e
 o desembarque aliado na Normandia fecham o cerco à Alemanha
Com o avanço soviético na Europa Oriental e o desembarque aliado na Normandia (Dia D - 6 de junho de 1944) fechou-se o cerco sobre a Alemanha. Em 1945 os líderes da Inglaterra, União Soviética e Estados Unidos reuniram-se para decidir o destino da Alemanha: Churchill, Stálin e Roosevelt acertaram a ofensiva final, fixaram as zonas de ocupação da Alemanha e estabeleceram as normas de reformulação da Europa. 

Em Postdam. Churchill. Stálin e Truman decidiram os termos de rendição que incluíam a desmobilização do exército alemão o pagamento de reparações de terra em máquinas e equipamentos e a divisão do território em zonas de ocupação aliada.

Contudo apesar da guerra ter chegado ao fim na Europa, os japoneses insistiam em prosseguir a luta utilizando-se do ataque suicida dos pilotos Kamikases. 
Ataques combinados de ingleses e americanos libertaram a
França, Bélgica e Países Baixos e finalmente cercam Berlim
A contra-ofensiva aliada (1942-45) no pacifico teve início com a retomada de território pelas forças americano-australianas e culminou com o desembarque em solo japonês liderado pelo general MacArthur depois da libertação de todas as ilhas do Pacífico.

Com a destruição de Hiroxima e Nagasaki (agosto de 1945) pela bomba atômica norte-americana e a declaração de guerra dos soviéticos - que invadiram a Manchúria a Coréia as ilhas Curilas e Sacalinas - o Japão se rendeu.

Durante as conferências dos Aliados realizadas para adotar medidas defensivas contra o Eixo e para reorganizar o mundo após a paz surgiu a idéia de substituir a fracassada Liga das Nações por outro organismo internacional e pacífico com o objetivo de zelar pela segurança mundial. Em 1945 numa conferência em São Francisco fundou-se a Organização das Nações Unidas (ONU) para assegurar a paz e promover a cooperação internacional.

O Horror durou todo dia e toda noite. A era atômica nascera à custa de milhares de civis japoneses mortos pelas bombas atiradas
por aqueles iriam ainda lucrar ao financiar à reconstrução da Europa: os Estados Unidos. Para quem o verdadeiro horror não haveria
de passar pois o esvaziamento do poder capitalista nas colonias asiáticas e africanas abriam as portas para o avanço
soviético que também possuía o poder do átomo.

FILMES RELACIONADOS COM O TEMA INDICADOS PELO ACERVO

Casablanca (1943), dirigido por Michael Curtiz. Durante a guer­ra. Casablanca. na costa do Marrocos, torna-se o centro de intrigas internacionais dos refu­giados que sonham em ir para a América. O dono de um night­club ajuda um casal a conseguir salvo-conduto.

Trinta Segundos Sobre Tóquio (1944), dirigido por Mervyn Le­Roy. Realizado durante o es­forço de guerra, o filme re­constitui o primeiro ataque aé­reo norte-americano ao Japão

Perdidos na Tormenta (1948), diri­gido por Fred Zinnemann. Sol­dado americano ajuda um me­nino a encontrar sua mãe na Alemanha destroçada pela guerra.

Areias de Iwo-jima (1949), dirigi­do por Allan Dwan. As lutas dos americanos contra os japo­neses nas praias de Iwo-jima no Pacífico.

A um Passo da Eternidade (1953), dirigido por Fred Zinnemann. Retrato realista de um acam­pamento militar americano emHonolulu na época do ataque japonês a Pearl Harbor, em 1941.

Inferno n°17 (1953), dirigido por BilIy Wilder. Num campo de prisioneiros, um sargento é suspeito de ser espião da Ale­manha nazista.

A Ponte do Rio Kwai (1957), diri­gido por David Lean. Um gru­po de soldados aliados, prisio­neiros dos japoneses na Birmã­nia, é induzido a construir uma ponte que servirá militarmente ao inimigo

Torpedo (1958), dirigido por 10­seph Pevney. Submarino ame­ricano persegue porta-aviões japonês.

Duas Mulheres (1960), dirigido por Vittorio de Sica. Jovem viú­va larga sua mercearia em Ro­ma e viaja com a filha para sua terra natal, enfrentando sofri­mentos e provações. Baseado no romance homônimo de Al­berto Moravia.

O Julgamento de Nuremberg (1961), dirigido por Stanley Kramer. Durante o julgamento dos na­zistas, diversas testemunhas mostram as formas de extermí­nio dos judeus.

Os Canhões de Navarone (1961), dirigido por Jack-Lee Thomp­sono A missão de um grupo de soldados aliados, encarregado de destruir os canhões nazistas de uma ilha no mar Egeu.

À Beira do Abismo (1962), dirigi­do por John Monks Ir. e Ri­chard Goldstone. Os prpble­mas de um operador de rádio da marinha americana, que permaneceu na ilha de Guam durante os três anos em que ela foi ocupada pelos japone­ses.

Fugindo do Inferno (1963), dirigi­do por lohn Sturges. Baseado em fatos reais. mostra o drama de soldados aliados para fugir de um campo alemão de pri­sioneiros.

Tobruk (1967), dirigido por Ar­thur Hiller. Soldados aliados disfarçam-se de nazistas. para descobrir a localização dos tanques de combustíveis ale­mães no norte da África.

A Grande Fuga (1969), dirigido por Giuliano Montaldo. Filme extremamente antimilitar. Passa-se em maio de 45, quan­do dois desertores alemães são aprisionados por um bata­lhão canadense.

O Exército das Sombras (1969), di­rigido por lean-Pierre Melville. O filme mostra a Resistência francesa na Segunda Guerra. 

Patton - Rebelde ou Herói? (1970), dirigido por Franklin Schaffner. Biografia do general america­no George S. Patton. que lide­rou as forças aliadas na África do Norte e Europa durante a Segunda Guerra Mundial.

Os Últimos Dias de Hitler (1975), dirigido por Yuri Ozerov. Filme soviético que mostra a derrota nazista, com a invasão de Ber­limo pelos russos, em 1945.


O Velho Fuzil (1975), dirigido por Robert Enrico. Durante a ocupação da França pelos na­zistas, um cirurgião é ameaça­do por atender os feridos da Resistência.

A Cruz de Ferro (1976), dirigido por Sam Peckinpah. As difíceis missões de um batalhão ale­mão na frente russa em 1943.

MacArthur, o General Rebelde (1977), dirigido por Joseph Sar­gent. Biografia do general e es­trategista Douglas MacArthur, comandante das tropas ameri­canas no Pacífico.

67 Dias (1979), dirigido por Zi­ka Mitrovic. Filme iugoslavo que mostra a luta da Resistên­cia durante a ocupação nazista da Iugoslávia. em 1941.

Agonia e Glória (1980), Dirigido por Samuel Fuller. Baseado nas memórias de guerra do di­retor, conta a história de qua­tro soldados e um sargento que participam dos combates na Argélia e na Sicília, da inva­são da Normandia, da liberta­ção da Bélgica e da desativa­ção de um, campo de concen­tração na Tchecoslováquia.

A Guerra e as Crianças (1981), di­rigido por Sadao Saito. Filme japonês que relata os proble­mas das crianças durante a últi­ma semana da Segunda Guerra Mundial.

O Buraco da Agulha (1981), dirigi­do por Richard Marquand. Es­pião nazista descobre o plano de invasão da Normandia e tenta fazê-lo chegar ao conhe­cimento de seus superiores.

Amor e Guerra (1986), dirigido por Moshe Mizhari. Filme is­raelense que conta a história do gueto de Varsóvia.

Esperança e Glória (1987), dirigi­do por John Boorman. As aventuras de um garoto em Londres, na época dos bom­bardeios nazistas.

Um assunto de mulheres (1988), di­rigido por Claude Chabrol. Du­rante a ocupação da França, uma mulher sobrevive prati­cando abortos e alugando quartos para encontros amoro­sos. Seu comportamento cho­cava-se com o lema do mare­chal Pétain - "Trabalho, pá­tria, família". Denunciada pelo marido, ela acaba sendo con­denada a morte.

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