Atendendo a pedidos a memória desafia o tempo em busca de nossas melhores lembranças. Graças a ela, uma simples imagem é suficiente para que toda magia de um instante nos invada novamente e, num processo rejuvenescedor, acabe revelando que na maioria das vezes, o que julgamos perdido, está somente guardado a nossa espera. E como a nostalgia é um estado de espírito presente somente em quem viveu momentos felizes, o Acervo resgata uma coletânea de títulos que vão do clássico ao contemporâneo e são endereçados a todos que nos escrevem lembrando de momentos tão especiais de suas vidas. Aos amigos, nosso muito obrigado.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Os Senhores da Guerra


CATARINA DE MEDICI


Nascida em Florença, filha de Lorenzo de Medici, casa-se aos quatorze anos com Henrique, filho do rei Francisco I da França, com quem tem de dez filhos. Com a morte do marido, sobe ao trono Carlos IX, ainda menor de idade e Catarina torna-se regente da França. Ditatorial, pouco ou nada escrupulosa, calculista e ardilosa, só via os interesses de sua família e seus métodos nisso eram absolutamente egoístas. Católica fervorosa, durante as guerras religiosas, posiciona-se contra os protestantes. Os confrontos entre os dois grupos são abrandados com a instituição da liberdade de culto, que não a impede dois anos mais tarde, ao tramar o casamento de sua filha Margarida de Valois com o líder inimigo Henrique de Navarra, ordenar a morte de 100 mil protestantes. O episódio conhecido como Noite de São Bartolomeu é o cenário histórico onde se desenrola O Desafio de um Grande Amor.

GUERRAS RELIGIOSAS NA FRANÇA

LUIS XVI

Quando Luis XVI de Bourbon subiu ao trono aos vinte anos de idade os nervos e as finanças da França já não se encontravam numa situação muito favorável para um rei. Mas ao não apoiar as reformas econômicas e sociais necessárias, endividar-se em uma desastrosa e dispendiosa intervenção na Guerra da Independência Americana e afrontar a todos ao alimentar as escandalosas extravagâncias de sua jovem mulher austríaca, Maria Antonieta, acabou por tornar-se a encarnação do absolutismo, contribuindo assim, para precipitar os fatos que levariam a Revolução Francesa. Sem poder evitá-la, apoiando as reformas necessárias, nem tornar-se líder popular, por não compreender as aspirações de liberdade da revolução, tenta fugir, é preso e guilhotinado. O Ferreiro do Convento passa-se em num período em que as monarquias européias começavam a ruir por toda parte.

REVOLUÇÃO FRANCESA

NAPOLEÃO BONAPARTE

A princípio um general brilhante por suas campanhas militares pela Itália e Egito, Napoleão Bonaparte, arrebata o poder na França num golpe teatral, instaura uma ditadura feroz calando a imprensa e revogando direitos, empreende uma série de reformas administrativas, religiosas e legislativas, como seu código Civil adotado até hoje por vários países, sendo aclamado por todos. Mas após coroar a si mesmo Imperador, começa a expandir seus domínios pela Europa num inferno batizado com seu nome: as Guerras Napoleônicas. Sua megalomania só tem fim quando perde grande parte de seu exército na Rússia, é derrotado pelos Aliados que invadem Paris, deposto e finalmente exilado em uma ilha. Porém é durante a ocupação da Península Ibérica que conhece o princípio de seu declínio, retratada aqui com requintes de detalhes em Traição por Amor.

GUERRAS NAPOLEÔNICAS

FRANCISCO I

Mais do que nenhum outro de sua linhagem, Francisco I da Áustria, soube como ninguém a verdade existente na máxima: um dia da caça, outro do caçador. Pois após assistir, à sombra da bandeira de “liberdade e igualdade” sujas de sangue por Napoleão, seu império reduzir-se a uma potência de segunda ordem, renasce no Congresso de Viena ao repartir o maior dos despojos da guerra: a Europa. Porém, ao retomar parte de seus domínios das mãos francesas, subestima os levantes populares na falsa esperança de que a Confederação Germânica, formada pelas monarquias vitoriosas, iria conter qualquer novo grito de revolta, inclusive os vindos da península itálica sob seu domínio. A expulsão austríaca dos territórios do norte em Sacrifício de Amor dá início a uma série de batalhas e ressurgimento patriótico que culminaria com a libertação e unificação italiana.

EXPULSÃO AUSTRÍACA DA ITÁLIA

FRANCISCO JOSÉ I

O último imperador da dinastia Habsburgo, cujo reinado transcorreu em grande parte combatendo rebeldes nacionalistas que lutavam contra o regime de governo absolutista herdado de sua longa linhagem, ao reprimi-los com força num primeiro instante com a ajuda de seus aliados, assistiu seu corroído império reduzir-se a uma simples monarquia dual composta por minorias que drenaram suas forças até conquistarem finalmente suas autonomias. Neste processo de libertação e independência, atearam fogo ao rastilho explosivo que veio deflagrar, após o assassinato de seu herdeiro, a primeira guerra mundial. Francisco José percebeu tarde demais que os ventos liberais que chegavam à Viena soprados de Paris durante a Primavera dos Povos, presentes no clássico Uma Vida e Três Amores, seriam impossíveis de se deter já que não havia mais espaço no mundo para imperadores.

GUERRA AUSTRO HÚNGARA

OS COSSACOS

A imagem deste povo do sul da Rússia, formado a princípio por servos fugidos de Moscou, Lituânia e Polônia, de hábeis guerreiros, famosos por sua destreza a cavalo e pela indumentária típica composta por túnicas, barretes de astracã, botas longas e sabres, sempre oscilou entre a de oprimidos e a de opressores cruéis. Ao pagarem suas dívidas aos czares fornecendo seus serviços de guerra, ganhavam segurança e respeito durante alguns períodos, mas deixavam sempre em dúvida sua confiabilidade mercenária que a qualquer momento poderia voltar-se contra o poder. Tanto que depois da revolução russa, e da segunda guerra mundial, onde lutaram em duas frentes ao mesmo tempo, milhares de cossacos foram exterminados ou deportados para a Sibéria. Esta relação de amor e ódio entre Moscou e eles torna-se ainda mais evidente em A Prisioneira da Floresta.

A TRAJETÓRIA COSSACA

GUILHERME II

A sociedade alemã sempre esteve estruturada de acordo com os rígidos valores do militarismo prussiano segundo os quais era fundamental a obediência cega do indivíduo ao Estado. Portanto, não foi difícil para o Kaiser Guilherme II conseguir apoio para seus agressivos planos bélicos de expansão em busca de novos mercados que incluíam a possibilidade de eliminar os problemas com as minorias étnicas revoltosas e ainda por fim a ameaça de ocupação russa aos Balcãs, área estratégica de comércio com o oriente. Bastava-lhe apenas um motivo e o providencial atentado ao herdeiro do império Áustro-Húngaro, seu parceiro junto com a Itália na Tríplice Aliança, foi mais que suficiente para sua guerra começar. Ambientada neste período, Mata Hari e Vidas Torturadas registram o estupor de uma Europa diante da primeira grande guerra mundial.

PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL

ADOLF HITLER

As esperanças capitalistas em estancar o socialismo levaram as grandes potências da Europa a assistirem de braços cruzados sua ascensão. Com um discurso calcado no ideal de superioridade da raça germânica, que misturava nacionalismo com anti-semitismo,
Adolf Hitler tomou o poder apoiado pelas massas e empreendeu secretamente seu rearmamento, desrespeitando proibições assinadas anteriormente.
Só após anexar a Áustria, a Tchecoslováquia e invadir a Polônia que a Inglaterra e a França perceberam que as pretensões do Füher não estavam saciadas e que a Segunda Guerra Mundial havia sido desencadeada. 

A cega confiança do ditador em seu poderio militar mostrada em O anjo da morteFolhas MortasOs Quatro Cavaleiros do Apocalipse, Muralhas do Ódio, Um Anjo na Tormenta e A Calúnia nos Separou, acabou por conduzi-lo a derrota.

SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

HARRY TRUMAN

Tendo chegado à presidência nos últimos meses da Segunda Guerra, foi Truman quem deu a ordem para que as bombas atômicas fossem jogadas no Japão e, depois da guerra, implementou o Plano Marshall promovendo a reconstrução da Europa. Temendo a formação do que considerava uma "cortina de ferro" no leste europeu pelos soviéticos impedindo tal ajuda, lança à “doutrina Truman”, segundo a qual os Estados Unidos se comprometiam em conter o comunismo nos “elos frágeis” do sistema capitalista, instaurando um novo período na já complicada relação entre os dois blocos: a guerra fria. E, com o intuito de conter a ameaça vermelha e ocupar os espaços deixados por seus aliados europeus na Ásia, envia suas tropas a uma Coréia divida por duas correntes ideológicas antagônicas, mesmo sob o risco de transformar o conflito em mais uma carnificina nuclear. Eu Devia Morrer testemunha esta loucura.

GUERRA DA CORÉIA

JOHN F. KENNEDY

Em plena guerra fria travada entre as duas superpotências nucleares, temendo os efeitos da teoria do dominó, segundo o qual, se um país caísse sob o domínio comunista, os países vizinhos acabariam caindo também, o presidente John F. Kennedy, envia suas forças militares especiais ao Vietnã autorizando zonas livres de disparo, que em outras palavras significava: abrirem fogo e explodirem bombas sem pedir permissão ou dar aviso prévio, em áreas com ou sem a presença de pessoas. Era o início de um pesadelo, que culminaria com a presença de quase meio milhão de soldados norte-americanos que não foi suficiente para derrotar a poderosa estratégia de guerrilhas vietcongues, arrastando a guerra por quase quinze anos e que iria deixar traumas jamais esquecidos nos Estados Unidos e pela opinião pública mundial. Em meio a este caos,
O Despertar do Nosso Amor.

Nenhum comentário:

Postar um comentário